XV Congresso Brasileiro da História da Medicina e o Rio de Janeiro
Nesta linda cidade cheia de histórias – Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro – fundada por Estácio de Sá em 1565, comemoraram-se há dois anos, 200 anos da chegada da Família Real, passando à capital do Império, ao mesmo tempo que ocorreu à implantação do ensino médico no Brasil, com a legítima participação de um ícone da nossa sociedade, o médico José Correia Picanço.
Esta cidade recebeu o príncipe Regente Dom João e toda a corte portuguesa que rapidamente adaptou-se para servir da melhor forma fidalga. O príncipe encontrou como legado o primeiro e mais antigo hospital, fundado por José de Anchieta – Hospital da Santa Casa de Misericórdia.
Esta cidade foi palco de toda a vida do Brasil Império, com a criação da Imprensa Régia, do Banco do Brasil, do Jardim Botânico, da Biblioteca Nacional, da Escola de Belas Artes, da Academia Imperial de Medicina, atual Academia Nacional de Medicina, e do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, patrimônio da cultura nacional.
Nesta cidade foi proclamada a República. Pouco depois criou-se o atual Instituto Oswaldo Cruz, alavancando a pesquisa no Brasil, principalmente ligada as doenças tropicais, que até nossos dias, mantém os ideais do seu grande patrono.
Esta cidade viu chegar o Estado Novo com profundas modificações imprimidas por reformas políticas e administrativas. A criação dos Ministérios do Trabalho, da Educação e da Saúde, dos Institutos de Previdência Social, bem como da ampliação da Saúde Pública, na tentativa de controle das endemias rurais.
Nessa cidade, mais tarde, criou-se o Conselho Nacional de Pesquisa e o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, o que facilitou, a implantação de outras agências ligadas ao fomento e ao auxílio à pesquisa no estado e no país.
Esta cidade dos Museus – Museu da Quinta da Boa Vista, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, do Museu Histórico Nacional, do Museu de Arte Moderna; pode-se citar ainda o Museu Neves-Manta, da Academia Nacional de Medicina, sem deixar de apontar pela sua importância histórica e pela proximidade da cidade o Museu Imperial de Petrópolis, jóia de nossa cultura e costumes da época do império.
Nesta cidade repleta de naturezas naturais, do bondinho do Pão de Açúcar, do Corcovado, do pôr do sol no Leblon, da Vista Chinesa, do voo livre sobre o mar e a floresta, de sua gente, suas praias, das tardes de domingo no Maracanã, do Teatro Municipal, da bossa nova, das garotas de Ipanema, das calçadas de Copacabana, das escolas de samba, da Lapa, e dos bailes de gafieira.
Esta cidade maravilhosa do Rio de Janeiro, tem todas as interfaces para o sucesso do XV Congresso Brasileiro da História da Medicina e do II Congresso de História da Medicina do Rio de Janeiro, que em outubro, nos dias 6, 7, 8 e 9, na Academia Nacional de Medicina, convida os médicos, os historiadores, os filósofos; pessoal da área de saúde, como da história, para compartilharmos momentos de troca de conhecimentos e informações sobre a historiografia médica, visando partir para a melhoria do ensino médico e enriquecimento histórico dos médicos, das instituições, dos alunos, dos cursos de graduação e pós-graduação, com propostas para todo o universo de parcerias voltadas para o mesmo fim.
O Congresso está marcado. Não esqueça. O tempo, nessa época, no Rio de Janeiro, torna-se levemente quente, com brisa agradável para passeios e águas mornas na baía da Guanabara e suas ilhas próximas, dando razão a Ed Motta e a Ronaldo Bastos, com a sua música, um pouco modificada, quando diz: há um lugar para ser feliz / além de abril em Paris / outubro no nosso Congresso do Rio. O convite é personalizado; é para você. Vossa Excelência fará o Congresso. Estão todos convidados.