Afrânio dos Santos Coutinho

22/06/2011 11:36

 

 

 

Dr. Afrânio dos Santos Coutinho

 

 

Dr. Afrânio dos Santos Coutinho nasceu no dia 15 de março de 1911 em Salvador, Bahia, na casa de seus avós maternos Romualdo dos Santos e D. Hermelinda dos Santos, cedo falecida, tendo Romualdo contraído segundas núpcias com D. Andrelina dos Santos, os quais foram padrinhos de Afrânio. Seu avô e padrinho Romualdo foi livreiro e editor, proprietário da Livraria Ctilina, a mais antiga do Brasil.  

Pelo lado paterno, foram seus avós o Engenheiro Eduardo Coutinho de Vasconcelos e D. Maria Amélia Rodrigues da Costa Coutinho de Vasconcelos, filha de Antônio Joaquim Rodrigues da Costa, portanto seu bisavô, poeta romântico da grei "castrida", denominação dada por Afrânio Peixoto ao grupo de poetas descendentes de Castro Alves.  Seus pais foram: o engenheiro Eurico da Costa Coutinho e D. Adalgisa Pinheiro dos Santos Coutinho, falecidos.  

Entre 1917 e 1922 realiza curso primário em escola pública, depois completado no Ginásio Nossa Senhora da Vitória (Irmãos Maristas), de Salvador, Bahia.  Foi sua primeira professora D. Lulu Cerne de Carvalho. O curso secundário foi realizado no Ginásio Nossa Senhora da Vitória, em regime de preparatórios, com exames finais no Ginásio da Bahia, entre 1923 e 1925.  

Cursa a Faculdade de Medicina da Bahia, de 1926 a 1931, tendo sido o orador oficial dos doutorandos numa homenagem ao emérito Professor Euvaldo Diniz Gonçalves.  Sobre esse discurso  o crítico baiano Carlos Chiacchio publicou, ainda em 1931, um ensaio crítico. Foi Interno do Hospital da Força Pública da Central da Polícia e Segurança Pública da Bahia, em 1930. No último ano do curso médico foi Interno Acadêmico de Clínica Médica Propedêutica, da Faculdade de Medicina da Bahia, Serviço do Professor Prado Valadares.  Nesse mesmo ano realiza também curso Privado de Clínica Médica. Foi Bibliotecário da  Faculdade de Medicina da Bahia, entre 1932 a 1934.  

Já em fevereiro de 1934, em nome dos intelectuais baianos pronunciou um discurso de saudação a Renato de Almeida.  Aliás, durante a fase acadêmica já produzia trabalhos literários e pronunciava conferências.  

Casou-se, em 1935, com Vanda Sena de Faria, com quem teve dois filhos: Eduardo de Faria Coutinho, professor catedrático de Literatura Comparada na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Maria da Graça Coutinho de Góes, escultora. 

Na década de trinta exerce intensa militância na imprensa, filiada aos franceses Daniel Rops e Jacques Maritain, cujas obras também traduziu. Foi colaborador do jornal Imparcial, de Salvador, Bahia, onde semanalmente publicava artigos críticos e ensaios literários, entre 1934 e 1937. No período de 1936 e 1937, foi Professor de Literatura do Curso Complementar do Ginásio Nossa Senhora da Vitória (Irmãos Maristas), do qual havia sido aluno. Em 1937 tornou-se colaborador do jornal A Tarde, de Salvador, Bahia, onde publicava, semanalmente, artigos literários e outros e, no ano seguinte, Professor de História Geral e História da Filosofia do Curso Complementar do Ginásio Nossa Senhora da Vitória, de Salvador, Bahia. Nesse mesmo ano é designado para, em comissão, proceder a avaliação dos bens patrimoniais da Faculdade de Medicina da Bahia. Membro das Comissões Examinadoras do Concurso de Habilitação da Faculdade de Medicina da Bahia, entre 1938 e 1939. 

Foi colaborador de O Estado da Bahia, de Salvador, onde na seção "A História dia a dia" comentava a política internacional e a guerra.  Seus artigos na imprensa baiana eram transcritos nos jornais do Rio:  Jornal do Comércio e Diário de Notícias e em Belo Horizonte em O Diário, nos anos de 1940 e 1941, e de O Jornal, entre 1939 e 1946.  Escreveu ainda nas Revistas A Ordem, do Centro Dom Vital e na Festa, do Rio de Janeiro.  

            Professor de História Geral dos cursos pedagógico e ginasial do Ginásio Nossa Senhora Auxiliadora, da grande educadora Anfrísia Santiago, de Salvador, Bahia (1936-1941), e de Sociologia do curso pedagógico do Ginásio Nossa Senhora da Soledade, de Salvador, Bahia (1940-1941). Orador, designado pela Congregação do Ginásio Nossa Senhora da Soledade, para a abertura dos cursos em 1940. No ano seguinte torna-se Professor Catedrático de História Moderna e contemporânea da recém-fundada Faculdade de Filosofia da Bahia. Nesse mesmo ano é paraninfo das professorandas do Ginásio Nossa Senhora da Soledade, de Salvador, Bahia.  

Em 1942 viaja aos Estados Unidos onde torna-se Professor visitante do curso intensivo de Português e Literatura Brasileira patrocinado pela Rockefeller Foundation e mantido pelo American Council of Learned Societies na Universidade de Vermont, Burlington, U.S.A.  Nesse país, além de redator-secretário da revista Seleções do Reader's Digest, exerceu intensa atividade intelectual, quer como conferencista quer realizando estudos. Assim, manteve contato com numerosos intelectuais, críticos literários e professores da literatura que muito influenciaram na sua formação mental e literária. Permaneceu nos Estados Unidos até 1947, tendo realizado diversos cursos: do Professor Paul Schrecker sobre "Filosofia da História", na École Libre des Hautes Études, New York (1942); do Professor Frank Tannembaum, sobre "Problemas of the Western Hemisphere", na Columbia University, New York (1942-1943); do Prof. Horatio Smith sobre "French Criticism", na Columbia University (1943-1944); do Prof. Jacques Maritain, sobre Filosofia, na Columbia University, New York (1943-1944); e do Prof. Herbert Schneider, sobre "History of American Philosophy" na Columbia  University (1943-1944).  

Neste período (1942-1947), publicou em inglês nas revistas americanas Commonweal, Free Worl, New Leader artigos sobre o Brasil, com a intenção de esclarecer o público americano; colaborou como Office of War Information na correção e supervisão de traduções, realizadas para aquele Departamento de Guerra, de trabalhos de caráter secreto e organizou um plano de traduções de livros brasileiros para o inglês, a pedido da Editora de Nova York Alfred Knopf que, progressivamente, foi publicando as versões de Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, Angústia, de Graciliano Ramos, Terra do sem fim, de Jorge Amado. Foi ainda o autor, para a tarefa a que se propôs a Editora de Nova York Alfred Knopf, da indicação do nome de Samuel Putnam para tradutor dos livros brasileiros, indicação essa que veio a revelar-se fecunda, pois aquele escritor, até então só conhecido em meios muito limitados como interessado em assuntos brasileiros, se tornou o grande nome a quem o Brasil tanto deve, como tradutor e divulgador da sua cultura.  

Em 1943 pronunciou na Casa Hispânica da Universidade de Columbia, U.S.A., conferência sobre "Aspectos da Literatura Brasileira" e, no ano seguinte, foi também o responsável pela indicação do nome do Professor Morton D. Zabel, à Rockefeller Foundation, para vir ao Brasil inaugurar o curso de literatura americana, na antiga Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil. Colaborador da Editora Macmillan, no seu programa de edição de livros brasileiros.  A propósito, vale mencionar que a tradutora de Inocência, D. Henriquetta Chamberlain, recorreu freqüentemente ao seu auxílio para a interpretação de trechos do livro do Visconde de Taunay.  

Nos Estados Unidos, manteve intensa colaboração nos jornais brasileiros, colaboração essa distribuída para todo o Brasil pela empresa jornalística Interamericana. Participou na Columbia  University, New York, do curso "Nature, Methods and Types of  History", ministrado pelo Professor Charles W. Cole (1942-1943).  

Participante do meeting "Poetry of the Americas", realizado sob os auspícios do Coordinator of  Inter-American Affairs pelo Instituto of Inter-American Affairs da Universidade de Boston, havendo pronunciado conferência sobre a Poesia  Brasileira Contemporânea, em 1943. Neste mesmo ano foi participante do I Congresso Interamericano de Filosofia, reunido sob os auspícios da Sociedade Americana de Filosofia, na Universidade de Yale, USA. Nessa ocasião pronunciou, em inglês, conferência sobre a Filosofia do Brasil. Um ano depois, dirigiu um simpósio sobre assuntos latino-americanos no Hampton Institute, na Virgínia, USA.  

Entre novembro de 1945 e março de 1947 foi contratado pelo Columbia Broadesting System, de Nova York, realizou dois programas através das suas emissoras para ouvintes brasileiros.  O primeiro intitulou-se "O Livro na América" e constou de notas críticas semanais sobre livros americanos de interesse para o leitor brasileiro.  O segundo, "Palestras culturais", constou de um curso mensal de Literatura Americana para o Brasil. Em 1946 seguiu o Curso de Prof. William Troy sobre "Criticism in Theory and Practice", na New School for Social Research, New York.

Em 1947 regressa ao Brasil e, desde então, influenciado pelos estudos realizados nos Estados Unidos, imprimiu nova orientação à sua atividade intelectual, de que dão testemunho os trabalhos que veio publicando na imprensa.  Essa orientação é marcadamente literária, no sentido de incentivar a melhora de nossa cultura literária através do ensino "científico" ou técnico da literatura.  A crítica literária tornou-se o centro de suas preocupações, como norma do espírito e da Literatura.  E tal índole pode-se notar nas suas entrevistas e nas colaborações que iniciou.  

Inaugurou a seção "Correntes Cruzadas" que manteve no Suplemento Literário do Diário de Notícias, do Rio de Janeiro, aos domingos, ininterruptamente, de junho de 1948 a 1966.  Esses artigos também apareciam nos jornais O Estado de São Paulo (São Paulo) e A Tarde (Salvador, Bahia).  Empreendeu então uma campanha sistemática pela melhoria dos nossos métodos críticos, bem como em favor de uma visão estética da crítica e interpretação da literatura.  

Seguindo essa orientação, realizou na Faculdade de Filosofia da Universidade da Bahia a conferência "O Paralelismo das Artes e Letras" (julho de 1947), repetida no Rio, na Faculdade de Filosofia Santa Úrsula (1947), e no Centro de Estudos da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica (1948). Ainda seguindo aquela orientação, e inaugurando a série de palestras que a Secretaria de Educação da Bahia promoveu em comemoração do Centenário da Cidade de Salvador, pronunciou a conferência "As Teorias Literárias e a Teoria de Aristóteles", em fevereiro de 1949.  

Pronunciou conferências literárias na Faculdade de Direito do Recife, na Faculdade de Filosofia de João Pessoa, na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, na Faculdade de Filosofia da Universidade de Porto Alegre, entre 1951 e 1953.  

Foi professor Catedrático, interino, de Literatura, no Colégio Pedro II, Internato (1947-1951); Professor Catedrático, efetivo, do Colégio Pedro II, Internato, após concurso de provas e títulos (1951-1969), tendo apresentado, nesse concurso, a tese Aspectos da literatura barroca, que foi aprovado com a média final de 9,37 ou seja 187 pontos; Professor Catedrático, interino, da Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayette, cadeira de História Moderna (1948-1950); e Professor de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayete, em substituição à catedrática efetiva, Professora Virgínia Cortes de Lacerda (1949-1950).  

Primeiro Secretário-Geral da Sociedade Brasileira de Shakespeare (1949), fundada pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia. Em outubro deste ano, foi o representante do Colégio Pedro II, Internato, e do Governo do Estado da Bahia no Congresso Brasileiro de Língua Vernácula, promovido pela Academia Brasileira de Letras, em comemoração ao centenário de Rui Barbosa. Como integrante desse Congresso participou ativamente dos trabalhos , na Comissão de Letras, além de apresentar e defender em plenário uma proposta sobre a separação das disciplinas de Português e Literatura, a qual foi aprovada após grande debate. Neste mesmo ano foi designado pelas Diretorias dos Colégios Pedro II - Internato e Externato para membro da Comissão Julgadora do concurso instituído pela Congregação, em comemoração ao Centenário de Rui Barbosa. Entre 1949 e 1950, foi membro da banca examinadora de Português e Literatura no concurso de habilitação para professores contratados do Colégio Estadual e Instituto Normal, ambos da Bahia.  

Professor do curso de extensão universitária "Introdução à crítica literária" da Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil (1950); Professor contratado do curso de Literatura Geral, da Rádio Ministério da Educação (1950); e Professor da Faculdade de Ciências Sociais do Rio de Janeiro (1951).  

Em 1951 foi integrante da Comissão Examinadora de Português e História Geral e do Brasil, indicado pelo Secretário de Educação da Bahia, no concurso  para preenchimento de cargos de professores secundários da Bahia, além de ter sido criador e Professor do curso "Teoria e Técnica Literária" como introdução aos cursos de letras neolatinas, anglo-germânicas e clássicas (primeiras séries) na Faculdade de Filosofia do Instituto Lafayete, no Rio de Janeiro. Um ano depois, tornou-se Professor de Estética Literária dos cursos promovidos pela antiga Liga Universitária Católica da Ação Católica Brasileira, além de ter tornar-se Integrante da Comissão Julgadora do Concurso para provimento da cátedra de inglês do Colégio Pedro II. Foi também Conferencista do Curso de Poética, promovido pelo Clube de Poesia de São Paulo, em colaboração com a Prefeitura da capital bandeirante.  O tema abordado foi: "A Poética.  Conceito e evolução".  

Secretário Particular do então Ministro da Educação e Cultura, Dr. Ernesto Simões Filho (1951-1953) e Redator-Chefe da revista Coletânea, do Rio de Janeiro (1951-1958).  

Entre os anos de 1952 e 1955, convidado pelo Dr. Leonídio Ribeiro, Diretor da Instituição Larragoiti, planejou, organizou e dirigiu a publicação de uma nova história literária brasileira, dentro do programa cultural daquela instituição e que consistia em publicar uma enciclopédia de conhecimentos brasileiros. A obra, intitulou-se A literatura no Brasil, e, na primeira edição, constou de 4 volumes, escritos em colaboração por especialistas selecionados, tendo sido planejada segundo orientação nova, atualizando os conhecimentos e preenchendo uma falha existente na bibliografia brasileira.  A segunda edição, em seis volumes, sairia em 1968-1971.  

Em 1953 pronunciou, a convite da Reitoria da Universidade da Bahia, uma série de conferências na capital baiana sobre introdução à crítica literária. Foi também integrante da Comissão Examinadora do concurso para Livre-Docência de Literatura Brasileira da Faculdade de Filosofia da Universidade da Bahia e representante da Universidade da Bahia junto ao Conselho Nacional de Geografia. Entre anos de 1953 e 1965 foi Professor de História do Livro e das Bibliotecas do Curso de Biblioteconomia da Biblioteca Nacional, e entre 1953 e 1963 foi colaborador, na confecção e redação da revista Bibliografia Brasileira de Educação, do antigo Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP), do Ministério da Educação e Cultura.  

No ano de 1954 foi Integrante da Comissão Julgadora do Concurso de Contos promovido pelo Centro de Estudantes da antiga Faculdade Nacional de Direito e Integrante, por indicação do antigo Conselho Nacional de Educação, do Ministério  da Educação e Cultura, da Comissão Examinadora do concurso para provimento da cadeira de Português, do Colégio Estadual da Bahia. Convidado para participar do Coloquium Luso-Brasileiro, reunido em São Paulo. Participante do Congresso Internacional de Escritores, reunido em São Paulo, quando foi eleito, por unanimidade, Presidente da Seção Poesia daquele Congresso, em cuja condição pronunciou um dos discursos de encerramento. No ano seguinte, em janeiro, foi Professor do Curso de Férias "Como ensinar literatura no curso secundário" promovido pela Secretaria de Educação de Minas Gerais. Além disso, atuou como Supervisor da parte brasileira do "Dicionário de Literatura Latino-Americana" que a União Panamericana projetou publicar. Participante da Comissão Julgadora do Concurso de Literatura, instituído pelo antigo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores (IPASE). Membro da Comissão Julgadora do Concurso de Romance promovido pelo Diário de Notícias, do Rio de Janeiro. Integrante, por indicação do antigo Conselho Nacional de Educação, do Ministério da Educação e Cultura, da Comissão Examinadora do concurso para provimento da cadeira de Português do Instituto Normal da Bahia. Foi também Relator da XII Conferência Nacional de Educação reunida em Salvador, Bahia, em 1956. 

Presidente de Júri do "Prêmio Internacional de Literatura" instituído pela edição hispano-americana da revista O Cruzeiro, do Rio de Janeiro, em 1957. Neste mesmo ano foi Professor do Curso de Biblioteconomia da Faculdade de Filosofia Santa Úrsula; Integrante da Comissão Julgadora do Prêmio Pandiá Calógeras, instituído pela Biblioteca do Exército, do então Ministério da Guerra; e Integrante do corpo de conferencistas do Curso de Literatura, promovido pela Academia de Letras da Bahia quando discorreu sobre o tema "Crítica Literária". Iniciou nesse ano, como Diretor Literário da Editora José Aguillar, a programação de publicações de obras completas em papel bíblia, de autores brasileiros e portugueses, a "Biblioteca Luso Brasileira", com mais de 40 volumes editados.

Convidado para participar do I Congresso Brasileiro de Arte, realizado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul e para tomar parte do II Congresso da Associação Internacional de Literatura Comparada, reunido em Chapel Hill, Carolina do Norte, USA, em 1958.  

Entre 1959 e 1970 atuou como Presidente do Congresso pela Liberdade da Cultura, havendo editado nesse período a revista Cadernos Brasileiros.  

No dia 17 de abril de 1962 foi eleito para a Academia Brasileira de Letras na vaga de Luís Edmundo, cujo patrono é Raul Pompéia, tendo-se empossado em 20 de julho do mesmo ano, com discurso de recepção e saudado por Levi Carneiro. Neste mesmo ano viajou pela Europa, percorrendo França, Holanda, Alemanha, Áustria, Itália, Espanha, Portugal e Inglaterra onde foi hóspede oficial do Britisch Council.  

Em 1965 tornou-se Professor Catedrático de Literatura Brasileira, por concurso de títulos e provas, da Faculdade Nacional de Filosofia da antiga Universidade do Brasil.  Antes, em 1958, já havia feito concurso de Livre-Docência para a mesma cadeira. Também neste ano foi Membro da Comissão do IV Centenário da Cidade do Rio de Janeiro, para os festejos comemorativos, sob o patrocínio do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Uma ano depois, foi articipante do Colóquio Luso-Brasileiro, nas Universidades de Harvard e Columbia, nos Estados Unidos, como Membro da Delegação Brasileira. Viajou pela América do Sul, por diversos países, onde pronunciou conferências em universidades e sociedades sábias, sobre assuntos de literatura brasileira.  

Integrante da comissão que procedeu à organização da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, desdobrada da antiga Faculdade Nacional de Filosofia, em 1967. Professor visitante da Universidade de Columbia, New York, ministrando curso de Literatura Brasileira. Foi convidado pelo Departamento de Estado para visitar universidades, tendo, então, percorrido o país realizando palestras sobre o Brasil e sua literatura e participando em Nashville, Tennesse, de um congresso de professores  de português.  

Primeiro Diretor Pro-Tempore da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1967-1975); Diretor efetivo da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1975-1979); e Membro do Conselho Estadual de Cultura do antigo Estado da Guanabara (1968-1971), onde ocupou o cargo de Vice-Presidente do Conselho entre 1969 e 1971.  

Em 7 de maio de 1969 o Instituto Nacional do Livro do Ministério da Educação e Cultura conferiu-lhe o diploma prêmio "Instituto Nacional do Livro de Ensaio Literário, Crítica Literária e Lingüística" por sua obra Tradição afortunada (O espírito de Nacionalidade na Crítica Brasileira). Proferiu a primeira conferência de abertura do Curso de Extensão Universitária promovido pela Superintendência das Atividades Artísticas da UFRJ. Em agosto, participou do XIV Congresso do Instituto de Literatura Iberoamericana, realizado na Universidade de Toronto, Canadá, havendo contribuído com o estudo intitulado "A crítica literária de Machado de Assis". Pronunciou conferência sobre a personalidade de Machado de Assis na Associação Baiana de Beneficência, no antigo Estado da Guanabara. Representante da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro junto ao Conselho Universitário da mesma Universidade, em 1969 e 1970 .  

            Participou do I ao X Congresso de Língua e Literatura, patrocinado pelo então Governo da Guanabara, o I, e pela Sociedade Brasileira de Língua e Literatura do RJ, os demais, sempre pronunciando conferências seguidas de debates, entre 1959 e 1978. Foi colaborador do Instituto Nacional do Livro com as Coleções Antologia de Textos Críticos e Romances Brasileiros, entre 1968 e 1970.  

Em fevereiro de 1970 tornou-se Professor visitante da Universidade de Colônia, Alemanha Ocidental, onde, durante os meses de janeiro e fevereiro ministrou curso sobre "Evolução do conto brasileiro, seus aspectos estruturais e temáticos, principais tendências e figuras, com análise e comentário de exemplos de contos representativos dos vários estilos de época",  no Seminário Romântico da mencionada Universidade. Realizou, ainda, conferências sobre Literatura Brasileira nos Seminários Românticos das Universidades de Bonn e Erlanger-Nuremberg, da Alemanha. Conferencista do Curso de Extensão Universitária promovido pela UFRJ, realizado na Escola de Belas Artes, sobre "Origens e evolução do barroco" pronunciando a palestra "Influência do barroco na Expressão Literária". Membro do Júri do Museu da Imagem e do Som, para os prêmios Golfinho de Ouro e Estácio de Sá, de Literatura, realizados anualmente. Em agosto, como convidado, participou da I Bienal Internacional do Livro, promovida pela Fundação Bienal São Paulo, realizada no Pavilhão Armando Arruda Pereira, Parque Ibirapuera, da qual fez parte o I Seminário de Literatura das Américas, promovido pela Fundação Bienal de São Paulo, realizando a palestra "Que é a América Latina", seguida de debates. Participante do V Encontro Nacional de Escritores, promovido pela Fundação cultural do Distrito Federal, em Brasília.  

            No período de 1970 a 1982 foi Professor dos Cursos de Pós-Graduação da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, de Literatura Brasileira, credenciado pelo Conselho Federal de Educação do Ministério da Educação e Cultura.  

Em junho de 1971 participou da "Conferência Nacional sobre a Universidade Brasileira e a Comunidade", realizada em Salvador, Bahia, em comemoração do 25º aniversário da Fundação Universidade Federal da Bahia, tendo pronunciado, a convite do Magnífico Reitor, a conferência "As Letras e a Universidade". Membro do Conselho de Coordenação do Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em outubro, por ocasião da outorga pela Universidade Federal do Ceará da Medalha do Mérito Cultural, pronunciou conferências na Faculdade de Letras daquela Universidade. Conferencista da Escola Superior de Guerra quando abordou o tema: "A Literatura como fator da nacionalização brasileira". Em novembro, atuou como colaborador da Revista do Clube Militar com uma entrevista sobre a Universidade Brasileira.  

Em abril de 1972 participou do curso "Rio de Janeiro na Belle Epoque" organizado pela Fundação Vieira Fazenda - Museu da Imagem e do Som, da antiga Secretaria de Educação e Cultura da Guanabara, onde pronunciou a conferência "Literatura Brasileira  da Belle Epoque", e participou do curso "Estudo de Problemas Brasileiros" a docentes universitários, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, patrocinado pelo Forum de Ciência e Cultura, realizando a conferência "A Literatura como fator da nacionalização brasileira". Em maio, participou das Comemorações do Cinqüentenário da Semana da Arte Moderna, promovida pelo Governo do Estado de São Paulo, a convite da Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo. Presidente da Comissão Especial de Teatro do Conselho Estadual de Cultura do antigo Estado da Guanabara. 

Em setembro de 1973 participou do Colóquio sobre a Criatividade, promovido pelo Conselho Estadual de Cultura da Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo do antigo Estado da Guanabara, quando proferiu a conferência "A Criação e o Meio Ambiente". Relator do "Setor da Literatura" do Grande Júri do Prêmio Moinho Santista de 1973, realizado em São Paulo, tendo sido o seu "Relatório" o vencedor na votação do plenário (Érico Veríssimo). Em outubro, representou a Universidade Federal do Rio de Janeiro no I Seminário de Teoria da Literatura programado pelo Instituto de Letras da Universidade Federal de Pernambuco, com o apoio da CAPES, de 15 a 19 de outubro,  que teve como objetivo estudar e procurar soluções para problemas relacionados com o ensino e a pesquisa no âmbito da Teoria da Literatura.  Proferiu, na ocasião, a conferência "Que Teoria Literária se deve ensinar no nível de Graduação universitária". É, desde 1973, Membro Honorário da Associação Americana de Professores de Espanhol e Português. A convite do Departamento de Cultura da Secretaria de Cultura, Desportos e Turismo do antigo Estado da Guanabara, ministrou em 1973 e 1974, vários cursos de Literatura Brasileira, entre os quais, os seguintes: Modernismo; Literatura Brasileira Contemporânea; Romance Brasileiro; As Correntes da Crítica Literária; Autonomia Cultural e Independência Política - Uma Análise do Processo da Independência Literária.  

Professor-visitante, a convite do Ministério das Relações Exteriores da França (Quai d'Orsay), para pronunciar conferências sobre Literatura Brasileira nas Universidades daquele país onde era ensinado Português e Literatura Brasileira, em janeiro de 1974. Em maio deste ano, como participante do Curso de Cultura Geral, promovido pelo Curso Freixeiro, pronunciou a palestra "A renovação da crítica literária no Brasil". Em julho, foi conferencista do Centro de Estudos de Pessoal do Exército, quando pronunciou a conferência "A Nacionalidade da Literatura Brasileira". A convite do Departamento de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e Cultura do antigo Estado do Rio de Janeiro, pronunciou, em Niterói, conferência sobre "Vida e obra de Raul Pompéia", em novembro deste ano, tendo também, durante o II Congresso Cearense de Escritores, realizado em Fortaleza, Ceará, proferido o discurso de abertura. Foi autor, no Conselho Estadual de Cultura do antigo Estado da Guanabara, do anteprojeto de Lei nº 2491 de 7 de novembro de 1974 que criou o Fundo de Amparo à Cultura.  

Participou do XVII Congresso Internacional de Literatura Ibero-americana, promovido pelo Instituto Internacional de Literatura Ibero-americano, realizado em Filadélfia, USA, quando apresentou a comunicação "O surrealismo no Brasil", em agosto de 1975. 

Presente ao 1º Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), quando pronunciou no dia 9 de janeiro de 1976, a conferência "Literatura e Crítica Literária". Em julho, participou através do 10º Festival de Inverno, do Iº Encontro Nacional das Artes, realizado sob a forma de seminários, reunido em Belo Horizonte, e que contou com especialistas nas áreas de Artes Plásticas, Literatura Brasileira, Museus de Arte, Música e Teatro.  Nessa ocasião pronunciou a conferência "A crítica brasileira no Brasil", seguida de debates. Designado pelo Senhor Ministro da Educação e Cultura, através da Portaria 247/76, integrou a Comissão Julgadora do Prêmio Nacional de Ficção do Instituto Nacional do Livro. Realizou viagem aos Estados Unidos, em missão cultural, sob o patrocínio do Instituto Brasil-Estados Unidos e do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, quando pronunciou conferências e seminários sobre literatura e problemas brasileiros nas Universidades de Vanderbit, Houston, Austin, Novo México, Los Angeles, Berkeley, Standford, Nova York e Georgetown.  

Pronunciou a Aula Inaugural dos Cursos do Centro de Documentação e Letras da Universidade Santa Úrsula em março de 1977, no Rio de Janeiro, proferindo a conferência "Letras e Documentação". Em abril, compareceu à primeira parte do XVIII Congresso de Literatura Ibero-americana em Gainesville, Flórida, USA, havendo tomado parte em todas as sessões e presidido a uma delas como representante brasileiro. Em maio participou da Jornada Cultural sobre José de Alencar, realizada sob o patrocínio da Secretaria de Cultura, Desporto e Promoção do Governo do Estado do Ceará, quando pronunciou a conferência "José de Alencar na Literatura Brasileira". A partir de julho desse ano foi incorporado como "Membro Regular" do Instituto Internacional de Literatura Ibero-americana, com todos os direitos e prerrogativas concedidas pelo Estatuto do referido Instituto, sediado nos Estados Unidos. Foi Presidente da IIª seção do XVIII Congresso Internacional de Literatura Ibero-americana promovido pelo Instituto Internacional de Literatura Ibero-americana e realizado em agosto pela Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com apoio oficial do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, do Conselho Federal de Cultura e Academia Brasileira de Letras, realizado no Salão de Convenções do Hotel Glória, no Rio de Janeiro. Participou, em setembro, do IV Congresso Brasileiro Crítica Literária, realizado em Campina Grande, Paraíba, quando pronunciou a conferência "A crítica Literária no Brasil" e, em novembro, do simpósio "O Romance Moderno Brasileiro", patrocinado pela Universidade de Brasília e coordenado pelo Professor Eduardo Mattos Portella, quando proferiu a conferência "O Peregrino da América". Também participou do Ciclo de conferências programado em comemoração do centenário da morte de José de Alencar, organizado pela Biblioteca Nacional e pelo Museu Histórico Nacional, quando discorreu sobre o tema "Posição de Alencar na Literatura Brasileira" e, na qualidade de membro do júri do III Concurso Nacional de Literatura, promovido pela Superintendência de Assuntos Culturais da Secretaria de Educação e Cultura do Estado de Goiás. Presente ao II Congresso Nacional de Estudos Lingüísticos e Literários, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), pronunciou a conferência "Do maneirismo ao barroco".  

Em janeiro de 1978 estava presente ao III Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM) proferiu a conferência "O Barroco brasileiro". Em maio, participou, como debatedor, da Iª Semana de Cultura Nordestina, promovida pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com o apoio do MEC/DAC/FUNARTE, e do Iº Seminário de Estudos de Língua e Literatura, promovido pela Faculdade de Filosofia da Federação  das Escolas Superiores de Ilhéus e Itabuna, quando pronunciou a conferência "Alceu Amoroso Lima e o globalismo crítico".  

Entre 1978 e 1982, foi indicado pelo Conselho Deliberativo da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), do Ministério da Educação e Cultura, para Presidente da Comissão de Consultores da área de Letras e Lingüística.  

Como convidado, participou como Presidente de Honra do IV Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), proferiu uma conferência em janeiro de 1979. Em novembro, foi Orador na posse de Eduardo Portela na Academia Brasileira de Educação. Como convidado, pronunciou a Aula Magna da Fundação Educacional Severino Sombra, em Vassouras, em fevereiro de 1980.  

O ano de 1979 foi para ele muito produtivo. Neste ano, construiu uma vasta biblioteca particular, através de anos de pesquisa, magistério e militância literária, que se tornou a base para a criação, da Oficina Literária Afrânio Coutinho (OLAC), destinada a promover estudos na área da literatura, ministrar cursos e conferências, e receber escritores nacionais e estrangeiros.  Também publicou livros, sendo sua principal tarefa, no momento, a Enciclopédia de Literatura Brasileira que será sem dúvida uma obra para os próximos cem anos.  Sua biblioteca com cerca de 80.000 volumes, organizada ao longo de sua vida, foi socializada ao público estudioso. Convidado, participou, como Presidente de Honra, do IV Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM). Professor Emérito do Colégio Pedro II do Ministério da Educação e Cultura. Em maio, participou da programação do Sesquicentenário de José de Alencar, promovido pela Universidade Federal do Ceará e sendo agraciado com o "Diploma Sesquicentenário de Alencar", por seu devotamento à causa da cultura brasileira, diploma esse expedido pelo Presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Ceará. Como expositor do tema "Criação", participou do I Congresso Estadual do Livro, realizado no Rio de Janeiro, no Governo Antônio de Pádua Chagas Freitas, que teve como objetivo discutir a política cultural do livro no Estado do Rio de Janeiro e apresentar recomendações ao Departamento de Cultura da Secretaria  de Estado de Educação e Cultura do mesmo Estado e ao Instituto Nacional do Livro. Como parte da disciplina "Problemas Brasileiros" do Curso de Pós-Graduação em Medicina Interna, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, pronunciou conferência sobre o tema "Papel da Literatura Médica na Cultura Brasileira". Indicado pela Congregação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, para integrar a Comissão Julgadora do concurso de Livre Docência na disciplina de Literatura Brasileira, realizado nos dias 7, 8 e 9 de novembro. Participou da II Semana da Literatura Brasileira, promovida pela Universidade Federal do Maranhão, através de seu Departamento de Letras do Centro de Estudos Básicos, quando pronunciou conferência sobre Literatura Brasileira e do I Encontro de Sociologia da Literatura, organizado sob sua orientação e promovido pelo Centro de Estudos Sociológicos de Juiz de Fora, Minas Gerais, quando discorreu e discutiu com os participantes sobre o tema "Sociologia da Literatura". Em novembro, promovido pelo Instituto Estadual do Livro, do Rio de Janeiro, foi levado a efeito, na Sala Guimarães Rosa, no subsolo da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um curso sobre o escritor José de Alencar, em comemoração ao Sesquicentenário de seu nascimento, havendo no dia 27 proferido a aula que discorreu sobre "José de Alencar e a Literatura Brasileira". Por ocasião da inauguração da "Sala de Leitura" da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Professora Nair Fortes Abu-Merhy", da Fundação Educacional de Além Paraíba, Minas Gerais, proferiu uma conferência sobre sua especialidade.

Em janeiro de 1980, participou do V Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM) quando pronunciou a conferência "As implicações da telenovela". Neste ano tornou-se Professor Emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Por Portaria ministerial foi indicado pelo Ministério da Educação e Cultura para constituir e presidir a Comissão Nacional de Textos, para elaboração de edições de autores nacionais. A convite do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) viajou para a República Federal da Alemanha, para ministrar seminários nas Universidades de Heidelberg, Erlangen e Koeln e para participar da inauguração do Instituto Teuto-Brasileiro na República Federal da Alemanha.  Nesta visita, representou o Ministério da Educação e Cultura do Brasil junto às referidas Universidades e outras instituições da Alemanha, com as quais manteve contatos e relações culturais.  Visitou ainda a França e os Estados Unidos. Membro do Conselho Federal de Educação do Ministério da Educação e Cultura. do Conselho de Curadores do MOBRAL e do Conselho de Curadores da UNIRIO. Participante da Banca Examinadora do Concurso de Livre-Docência junto à área de Literatura Brasileira, realizado a partir de 19 de agosto no Instituto de Letras, História e Psicologia da Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho", Campus de Assis, São Paulo. Participou do 1º Congresso Nacional de Letras e Ciências Sociais, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), pronunciando a conferência "Sociologia da Literatura".  Nesse Congresso foi Homenageado de Honra.  

Presente ao VI Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), pronunciou a 15 de janeiro de 1981 a conferência "Uma revisão do conceito de história literária". Doutor Honoris-causa da Universidade Federal da Bahia.  Ao receber o título em 26 de março, pronunciou discurso de agradecimento. Proferiu, em 27 de março a Aula Magna da Universidade Estadual de Feira de Santana, quando discorreu sobre "Que é Literatura Brasileira". É possuidor do "Diploma União Brasileira de Escritores 1981, Prêmio Fernando Chinaglia", que lhe confere, pelo seu trabalho frente à OLAC, o diploma de "Personalidade Cultural." Foi o Orador na posse  de Eduardo Portela na Academia Brasileirea de Letras em agosto deste ano. Esteve presente, como Presidente de Honra do Setor Nacional, ao 1º Congresso Internacional de Línguas, Lingüística e Literaturas, promovido pela SUAM (Faculdades Integradas Augusto Motta), pronunciou a conferência "Que é Literatura Brasileira". Em novembro, como convidado, participou do "Seminário sobre o Romance Nordestino de 30", realizado sob o patrocínio da Universidade Federal do Ceará, quando pronunciou conferência sobre o tema "A Crítica Literária e o Romance de 30", seguida de debates.  

Esteve presente ao VII Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM) quando pronunciou conferência sobre sua especialidade (Literatura Brasileira), em janeiro de 1982. Em julho participou do 3º Congresso Nacional de Letras e Ciências Humanas, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), proferiu a conferência "Modernismo e Modernismos". Em agosto, compareceu ao X Congresso de Literatura Comparada, realizado sob os auspícios da Universidade de Nova York e ao qual apresentou a comunicação "Literature in the Americas during the Colonial Centuries". Participou do júri do "Prêmio Goethe de Literatura", para a melhor narrativa de ficção de autor brasileiro, promovido pelo Instituto Cultural Brasil-Alemanha.  

Em 1983, participou do VIII Congresso Nacional de Estudos de Lingüística e Literatura, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), quando pronunciou conferência sobre sua especialidade; de um Simpósio sobre os 90 anos de Jorge de Lima, realizado em Maceió; e do 4º Congresso Nacional de Letras e Ciências Humanas, promovido pelas Faculdades Integradas Augusto Motta (SUAM), onde pronunciou conferência sobre "A pesquisa em literatura". Convidado, pronunciou em Porto Velho, Rondônia, conferência sobre "Evolução da Literatura Brasileira no sentido da autonomia".  

Foi o orador na posse de Sérgio Correia da Costa na Academia Brasileira de Letras, em junho de 1984. Em agosto, participou do Colóquio sobre Literatura Baiana, promovido pela Fundação Cultural do Estado, em Salvador.  

Ao longo de sua vida recebeu diversas homenagens. Continuou atuando ativamente até o fim de sua vida. Faleceu no dia 05 de agosto de 2000, no Rio de Janeiro.

 

BIBLIOGRAFIA DO AUTOR

 Organizada por Maria da Graça Coutinho de Góes em Ordem Cronológica

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